terça-feira, 1 de julho de 2014



Foi orçado em R$ 965milhões (aproximadamente). Só a metade que está pronta custou R$ 1,9 bilhões (aproximadamente).  Fico pensando como essa obra foi aguardada por 40 anos se não havia toda essa densidade demográfica na região nos últimos 20 anos. Outro ponto é o fato de o desgovernador apresentar tal feito como fruto de parceria política com o governo federal, se seu grupo político vem atuando políticamente (profissionalmente) nos últimos 30 anos. Outro aspecto é o fato de essa estrada passar pelo distrito de Xérem em Caxias e Vila de Cava em N.Iguaçu que não passam de dois grandes vazios humanos (com baixa densidade demográfica), e deixaram de fora São João de Meriti e Belford Roxo - "o formigueiro humano da América Latina" - sendo o primeiro município o de maior densidade demográfica da América Latina (14mil hab/Km2).


Essas forças políticas do PMDB são 'estranhas' sobretudo quando se tem base eleitoral no 4º distrito de Caxias. Passaram por cima de sítios arqueológicos, porém não viram o processo de degradação ambiental fruto da retirada de areia no Amapá (ou Minc não fechou com a globo para gravar o espetáculo, ou ainda alguém ganha com isso ) . Logo surgirão novos municípios na Baixada Fluminense para agradar os donos de "curral eleitoral", vide que um alcaide da referida facção já tentou fragmentar o território de D.Caxias na década de 1990 com a tentativa de emancipação de Xérem. Na referida 'parceiria' o governo federal (do PT) FUROU pois o trecho entre Magé e Itaboraí nem sequer começou. Quem estudou justiça ambiental sabe o real motivo dessa estrada bem adentro da Baixada Fluminense, ou seja, na periferia urbana.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Conhecendo o "Caminho do Inhomirim" ou "Variante de Proença" de 1724.


"Sobre a Estrada de Ferro de Petrópolis - "Primeira estrada de ferro do Brasil, obra do clarividente e patriota brasileiro, Evangelista Irineu 
de Souza (sic) e que, por tal motivo foi feito Barão de Mauá pelo 
Imperador" / "Na Raiz da Serra , carruagens, cada qual puxada por 
quatro mulas" / "maravilhosa estrada" / "vegetação exuberante" / "em 
certos pontos a encosta da montanha é bastante íngreme e as curvas se 
sucedem de tal maneira...." / "no alto da serra, maravilhosa vista da 
baía".  (
Petrópolis - A Saga De Um Caminho. Carlos O. Fróes. IHP
)



Era sábado, 6 de abril de 2013. Nesse dia eu, a Professora Regina Brandão, e os alunos Adonai, Gerson,  e Natan, resolvemos encarar a travessia do “Caminho do Ouro” ou “Variante de Proença” datada de 1724, que na prática consistia uma variante do “Caminho Novo do Ouro” entre o bairro Alto da Serra, em Petrópolis até o bairro Vila Inhomirim ou Raiz da Serra, em Magé. 


Rio Mandioca ou Caioaba


Nossa aventura começou no bairro de Piabetá, em Magé, onde pegamos um ônibus da empresa Trel até o alto da Serra Imperial Fluminense, no ponto final da linha localizado na Rua Teresa. Lá paramos em uma padaria próxima para tomar café, compramos pães e um frango assado, que foram de grande utilidade dentro da mata. 

Vista da Serra da Estrela e da Baixada Fluminense ao fundo

Nosso grupo de aventureiros partiu então pela Estrada Velha da Estrela (datada do século XIX) até sua bifurcação com o leito da antiga estrada de ferro  que subia até Petrópolis. Chegamos então ao bairro Lopes Trovão, com sua ponte centenária por onde passava o trem. Lá paramos para tirar fotos. Logo mais abaixo seguindo o antigo leito da extinta ferrovia, encontramos os vestígios da “Variante de Proença”, após alguns metros encontramos a segunda ponte sobre um riacho, onde paramos para tirar fotos. Continuamos nossa descida, onde tiramos fotos e vimos fragmentos da estrada de ferro e do “Caminho do Ouro”, descemos também até o Rio Caioba, que mais abaixo passa a ser chamado de Mandioca e Inhomirim.  


Aspecto do "Caminho Novo do Ouro"


Após uma parada para nossa alimentação, pegamos a segunda bifurcação do lado oposto ao referido rio citado anteriormente. Seguindo em frente, encontramos uma bela cascata, onde Gerson e Adonai , tomaram banho, e os demais tiraram fotos e descansaram. Após esse breve descanso, adentramos  em nosso objeto de estudo e conhecimento, ou seja, o “Caminho do Inhomirim”.  Antes de chegarmos na referida trilha paramos na casa do gentil e cordial Senhor Antônio de Assis, que nos mostrou sua criação de abelhas e sua produção de mel, e os vários bichos criados em sua propriedade. 


Três momentos do transporte no Brasil
Cachoeira do rio mandioca-caioaba



Variante de Proença dentro da Serra da Estrela
"Freguesia de S. Pedro de Alcântara, Distrito da Villa de Estrella - Durante toda a fase em pauta, Petrópolis constituía-se numa subdivisão administrativa da Villa de Estrella, denominada Freguesia de São Pedro de Alcântara, sendo que toda a Ação Político-Administrativo de Petrópolis era conduzida pela Câmara Municipal de Estrella”. 
(Petrópolis - A Saga De Um Caminho. Carlos O. Fróes. IHP)


Estrada da Serra Velha e Ponte da extinta estrada de ferro

Em nossa aventura no “Caminho Novo do Ouro” tiramos mais de duzentas fotos, e podemos admirar  todo o potencial de beleza da Serra da Estrela ou Serra dos Órgãos, entre Magé e Petrópolis.  Outro ponto que é preciso ressaltar aqui é a qualidade da obra, que mesmo após mais de um século sem uso efetivo, continua em bom estado de conservação. O que não ocorre com as obras públicas da atualidade mesmo com toda nossa tecnologia do século XXI.  No  meio do caminho pegamos por duas vezes bifurcações que nos levaram ao rio mandioca ou caioba, porém na segunda vez fiquei impressionado com uma represa desativada que propicia uma linda queda de água.  Só que é triste ver todo o processo de degradação ao meio ambiente na região.  Vimos muito lixo e lançamento de esgoto entre os municípios de Petrópolis e Magé, logo há uma precaridade nas três  esferas do poder executivo (federal, estadual e municipal) no caso do último das duas prefeituras.  Chegando em Raiz da Serra ainda pegamos o trem movido a óleo diesel até Piabetá. Confesso que tinha receio em fazer essa trilha novamente, porque no início esta muito abandonada, e o mato esta tomando conta de tudo, mas para minha inteira surpresa sua preservação em Magé esta melhor que em Petrópolis. Valeu pessoal, obrigado por nossa aventura!     




"A Calçada de Pedra foi inaugurada por seu criador, S. A. o Príncipe Regente D. João, no mês de julho de 1809, durante a viagem que fez à Baixada, a fim de conhecer as obras que ordenara para remodelação do obsoleto “CAMINHO Novo”. Naquela ocasião, S. A. ficou hospedado por alguns dias na sede da Fazenda da Cordoaria, de propriedade do Capitão de Milícias João Antônio da Silveira Abernaz. Ela continuou a receber elogios até meados de 1850, quando foi substituída pela Estrada Normal da Estrella. Na década de 1850 ela, ainda, foi muito utilizada, até que fosse consolidada a pavimentação definitiva da via principal. Poucos, após comentários positivos, fizeram-lhe restrições por ser ela, em certos pontos, muito sinuosa, íngreme ou escorregadia." 
(Petrópolis - A Saga De Um Caminho. Carlos O. Fróes. IHP)





sábado, 23 de junho de 2012

Que semana tensa!!

12 anos de reich zitista.


Preciso comentar algo?


Como acabar com uma cidade, mas dessa vez sem usar balas!


Olha o neocorporativismo aí!


Para rir... rs...

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Para pensar!



"Por razões que provavelmente devem-se a mim, mas sobretudo à situação do mundo, cheguei a pensar que aqueles que têm a oportunidade de dedicar sua vida ao estudo do mundo social não podem ficar neutros e indiferentes, distanciados das lutas das quais o resultado será o futuro desse mundo..." (Pierre Bourdieu)

“Ou os estudantes se identificam com o destino de seu povo, com ele sofrendo a mesma luta, ou se dissociam do seu povo e, nesse caso, serão aliados daqueles que exploram o povo.” (Florestan Fernandes)